Atividades Físicas e Esportivas para Pessoas Com Deficiência

Prof. Dr. Vinícius Denardin Cardoso  – Coordenador do Projeto

Atualmente o desenvolvimento de atividades esportivas para pessoas com deficiência buscam contribuir para o aprimoramento das capacidades físicas, cognitivas e motoras de indivíduos com deficiência, contribuindo para a valorização das potencialidades e capacidades. Também buscam oferecer alternativas para o aproveitamento e do melhor rendimento durante a prática, seja ela voltada o lazer ou ao alto rendimento. Pessoas com deficiência geralmente estão afastadas do convívio com a sociedade, têm um reduzido número de interações sociais, atitudes de isolamento e exclusão em razão da falta de entendimento da sociedade em relação as suas possibilidades. Nesse sentido, quando é proporcionado a experiência de fazer parte de um programa de atividades físicas e esportivas, é possível perceber melhorias, não somente relacionadas com sua reabilitação (CARDOSO, 2011) ou manutenção de suas capacidades físicas, mas também em seus aspectos psicossociais (SAMULSKI E NOCE, 2002). Os benefícios são muitos. Ganhos em auto-estima, aceitação da deficiência, valorização pessoal, autoconfiança e sua autonomia são notavelmente visíveis na realização das atividades diárias. Além de melhorias da condição física, aprimoramento das capacidades motoras e prevenção de deficiências secundárias (BRAZUNA & MAUERBERG-DECASTRO, 2001; GORLA et al., 2007; GREGUOL et al., 2008). Como exemplo disso, o deficiente físico que inicia no esporte adaptado busca principalmente a reabilitação (recomendação médica) e a oportunidade de engajamento social com pares sob as mesmas condições (WHELLER et al., 1999). Segundo Cardoso (2011) o esporte adaptado consiste em adaptações e modificações em regras, materiais, locais para as atividades possibilitando a participação das pessoas com deficiências nas diversas modalidades esportivas. Especialmente nas duas últimas décadas, o esporte adaptado para pessoas com deficiência tem passado por grandes processos de mudança com relação ao seu enfoque e à tecnologia empregada. Além da abordagem focada na reabilitação, o alto rendimento tem se tornado uma realidade (GREGUOL et al., 2008). Independente das razões, a certeza é de que a prática da atividade física e esportiva promove efeitos positivos para pessoas com deficiência como: melhorias na saúde geral, aptidão física, metabolismo ósseo e maior independência funcional. Há também uma maior mobilidade e uma redução em doenças crônicas e complicações secundárias a deficiência.

Justificativa

O esporte paralímpico brasileiro vive um momento de grandes resultados esportivos em virtude de suas recentes conquistas: nono lugar no quadro geral de medalhas nos Jogos 5 Paralímpicos do Rio de Janeiro 2016 e líder por três edições consecutivas no quadro geral dos Jogos Para-Panamericanos (2007, 2011, 2015), a principal competição das Américas. Essa contínua progressão no quadro de medalhas faz com que o Brasil seja visto como uma potência paralímpica emergente. Esses resultados demonstram a evolução que o esporte paralímpico alcança no Brasil. É cada vez mais evidente o aumento de pessoas com deficiência que buscam uma prática esportiva, estimulados por diferentes fatores, essa população passa a se fazer mais presente nos ambientes esportivos. No estado de Roraima, essa realidade parece não estar acontecendo. Não é possível perceber iniciativas voltadas as atividades físicas e esportivas para pessoas com deficiência no estado. Roraima é um dos únicos estados da federação que não participa frequentemente de competições do calendário paralímpico brasileiro (Paralimpíadas Escolares, Paralimpíadas Universitárias e Circuito Loterias CAIXA-Brasil paralímpico) As Paralimpíadas Escolares contam com a participação de alunos entre 12 e 17 anos de idade é disputada desde 2006 e foram a vitrine de alguns dos mais talentosos atletas brasileiros. Alan Fonteles, campeão mundial e paralímpico de atletismo; Lorena Spoladore e Verônica Hipólito, campeãs mundiais de atletismo; Talisson Glock, medalhista em um Mundial da natação; e Leomon Moreno, campeão e artilheiro do último Mundial de Goalball (modalidade exclusiva para cegos), Petrúcio Ferreira, atual detentor do recorde mundial paralímpico dos 100m e 200m classe T47, são alguns dos nomes que já passaram pela maior competição estudantil do mundo (PORTAL BRASIL2016, 2014). Atualmente as Paralimpíadas Escolares são consideradas a principal forma de revelar novos atletas paralímpicos no Brasil, e o estado de Roraima participou uma única vez no ano de 2013, na modalidade Natação, com dois alunos Síndrome de Down. Roraima será novamente representada com dois alunos no ano de 2017 nas modalidades: Tênis de Mesa e Atletismo. Assim, além de proporcionar a inclusão de alunos com deficiência nas atividades esportivas, as Paralimpíadas Escolares também servem para o descobrimento de novas gerações de atletas no país. Nesse contexto, com o intuito de proporcionar melhores condições de prática esportiva, seja ela voltada para saúde ou para o alto rendimento, se torna necessário o desenvolvimento de atividades físicas e esportivas para pessoa com deficiência no estado de Roraima.

Objetivo

 – O objetivo desse programa é ampliar as práticas de atividades esportivas para pessoas com deficiência física, intelectual, visual e auditiva na cidade de Boa Vista, Roraima.

 – Proporcionar o desenvolvimento das capacidades motoras como: coordenação, equilíbrio, força, agilidade, velocidade e demais componentes da Aptidão física relacionada a saúde.

 – Promover a autonomia dos alunos na execução de atividades de vida diária;

 – Propiciar a melhoria das funções cardiorespiratórias dos alunos com deficiência física, visual e intelectual;

 – Propiciar e estimular o desenvolvimento das funções psicológicas e cognitivas e sociais dos alunos; – Promover a integração e interação entre alunos, pais e professores;

 – Proporcionar o desenvolvimento da autoestima, autoconfiança e afetividade.

Público-alvo

Pessoas com deficiência física, visual, intelectual e auditiva do estado de Roraima, na faixa etária dos 10 aos 55 anos.

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